SABARÁ (MG) – O aniversário de cinco anos de um menino de Sabará, na região Metropolitana de Belo Horizonte, ficou marcado negativamente na memória da criança. Isso porque, na ocasião, em 2019, o menor foi vítima de estupro. O suspeito é um primo dele, hoje, com 23 anos.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Davi Moraes Pinto, o crime aconteceu em um momento em que os pais da criança saíram para organizar o evento, a vítima e o suspeito ficaram sozinhos. “No depoimento, o suspeito detalhou o crime, falou sobre as roupas que a criança usava, a cor da cueca, o local onde o crime aconteceu e que houve coito anal”, afirma.
O crime veio à tona apenas quatro anos depois porque a criança, vendo televisão com a avó, assistiu a uma campanha educativa de prevenção de abusos sexuais. “A criança perguntou a avó se estupro era enforcar, e a avó, nas palavras dela, explicou o que era. A criança então começou a chorar e perguntou se podia confidenciar um segredo”, acrescentou. O homem também teria feito ameaças à criança caso ela contasse o ocorrido.
A família da criança procurou a Polícia Civil de Minas Gerais, que logo iniciou as investigações. Desde a época do crime, o suspeito mudou de cidade e não manteve mais contato com a família. Ele foi até à 2a Delegacia de Polícia Civil de Sabará acompanhado por três advogados para prestar depoimentos.
“Ele confessou o crime com riqueza de detalhes. Segundo ele, a motivação foi curiosidade. Ele contou que assistia documentários sobre crimes sexuais e quis saber o que se passa na cabeça de um psicopata”, informou. O suspeito disse que se arrependeu do crime, que não voltou a praticá-lo e que também teria buscado ajuda psicológica.
A prisão temporária do homem não foi ratificada, pois ainda não há elementos que a comprovem, entretanto, segundo o delegado, o depoimento poderá ser usado como indício do crime. Se julgado e condenado, a pena para o crime de estupro de vulnerável pode variar de 8 a 13 anos.
Fonte: O Tempo