CARANDAÍ (MG) – Um delegado e um investigador da Polícia Civil que trabalhavam na delegacia de Carandaí, no Campo das Vertentes, mesmo local onde a escrivã Rafaela Drumond, de 32 anos, atuava, são ouvidos nesta quinta-feira, dia 29 de junho de 2023, na delegacia de Barbacena. Eles são investigados e suspeitos de terem assediado a escrivã. A polícia apura se os supostos casos de assédio teriam induzido a servidora a cometer o suicídio.
O delegado e o investigador foram transferidos, na sexta-feira passada, para a delegacia de Conselheiro Lafaiete, na mesma região. A mudança do delegado foi “a pedido”, enquanto a do investigador foi por determinação da polícia.
As transferências ocorreram um dia após as investigações ficarem a cargo exclusivamente da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC), localizada na capital. Inicialmente, a delegacia de Barbacena, responsável pela unidade de Carandaí, conduzia o caso.
Segundo apurou a reportagem de “O Tempo”, o delegado tem dito a pessoas próximas que não tem nada a ver com a história e negou que tivesse conhecimento de assédios sofridos por Rafaela Drumond. Um áudio atribuído à escrivã, entretanto, aponta que ela levou ao conhecimento do delegado um caso de assédio, mas ele teria a desencorajado de prosseguir com o caso.
Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informa que na manhã desta quinta, uma equipe da Corregedoria Geral compareceu ao Departamento de Polícia Civil, em Barbacena, “para ouvir policiais civis que trabalharam com a escrivã em Carandaí”. “A PCMG esclarece que se trata de procedimento padrão atinente à investigação, que segue o curso normal”, disse a instituição.
Fonte: O Tempo